segunda-feira, 31 de março de 2008
Harvest Moon
Come a little bit closer
Hear what I have to say
Just like children sleepin'
We could dream this night away
(e com a luz da lua, dançamos e sonhamos!)
domingo, 30 de março de 2008
Não é preciso perceber islandês para sonhar
sábado, 29 de março de 2008
Tanto amar...mar
Calei as palavras
Amor
Depois de ires embora...
fiquei a pensar em ti...em nós
E dei por mim a desejar-te...
Quis sentir os teus lábios roubarem
um beijo dos meus
Quis sentir o teu olhar
aquecer a minha pele
Mas foi só um desejo...
Tu já não estás
E eu calei as palavras
que tu desejavas ouvir.
(para um futuro ex.amor*)
deJesus Correia
(imagem google)
sexta-feira, 28 de março de 2008
Se eu fosse palavra...
Se eu fosse palavra entreaberta
dar-te-ia um sopro destemido
despenhado numa ilha deserta
com letras variáveis sem sentido...
Se nessa ilha caissem cocos
na espuma das ondas cristalinas
os meus poemas seriam loucos
disparando balas como carabinas!
Nas cascatas dissolvidas em lamentos
seriam peixes em meu socorro
deslocando o cabo do tormento
para um lago onde quase morro...
Se eu fosse palavra agora
e me dissesses para te escrever o mundo
Eu ia por aí fora
Para te escrever
um abraço num segundo.
rain 29/03/2008
(é bom quando nos mimam)obrigada rain.
obrigada ne* e malvado
(imagem google)
quinta-feira, 27 de março de 2008
Noggat
Meu velho noggat
hoje deixei de ter quem
me fazia concorrência com o azul
dos olhos.
Bom amigo vai custar me muito a tua
ausência
Esse teu modo arrogante mas no fundo
meigo
Esse teu olhar indiferente mas que me
procurava sempre
Continua a ganhar o azul dos teus olhos
porque hoje os meus estão vermelhos.
No paraiso dos gatos vais ser rei*
maria teresa
(foto Sara)
Um dos capítulos
"Ainda te falta dizer isto:
que nem tudo o que veio chegou por acaso.
Que há flores que de ti dependem,
que foste tu que deixaste algumas lâmpadas acesas.
Que há na brancura do papel alguns sinais de tinta indecifráveis.
E que esse é apenas um dos capítulos do livro em que tudo se lê e nada está escrito."
Albano Martins
(dedicado à Nikita)
(imagem google)
Penso que devo ter sonhado
Penso que devo ter adormecido por algum tempo;
Pois quando acordei tinhas vindo e partido.
Apenas algumas flores permaneceram -
Flores que não podiam sequer dizer quem eram...
E uma fragrância vaga e suave no ar.
Esta noite tenho de sonhar um sonho mais longo
Para que as flores falem
E a sua fragrância estenda uma trêmula ponte
Entre nós.
P. S. Rege
(imagem google)
quarta-feira, 26 de março de 2008
Pérolas.
Malvado*
Gato malvado
gato tigrado
gato gatão
que tentação..
Sim como é bom
te conhecer
à tua vida ja pertencer
Fico vaidosa e convencida
por entre tantas
ser escolhida
e como gosto de te mimar
devagarinho e sem parar
P'ra cima e p'ra baixo
dar-te prazer
Tu gostas eu sei...é bom de ver
Eu fico feliz por te agradar
sempre que me queres
sabes onde me achar
e eu sempre pronta...
P'ra te escovar!
Sim porque eu sou uma boa
escova
de cerda pura, cabo dourado
pronta a escovar-te em qualquer lado
Que tentação!
Gato gatão
Gato malvado
do coração!.
(pra um gato muito Gato*)
maria loBos
(foto tirada pela Sara)
Páginas da vida
segunda-feira, 24 de março de 2008
Magia
Matilde
quinta-feira, 20 de março de 2008
Sombra
Despertar
É bom dar
quarta-feira, 19 de março de 2008
.A cidade está deserta
Desafiar o perigo
Em teu macio olhar
Vertente
terça-feira, 18 de março de 2008
Variação Sobre Rosas.
Como as rosas selvagens, que nascem
em qualquer canto, o amor também pode nascer
de onde menos esperamos. O seu campo
é infinito: alma e corpo. E para além deles,
o mundo das sensações, onde se entra sem
bater à porta, como se esta porta estivesse sempre
aberta para quem quiser entrar.
Tu, que me ensinas o que é o
amor, colheste essas rosas selvagens: a sua
púrpura brilha no teu rosto. O seu perfume
corre-te pelo peito, derrama-se no estuário
do ventre, sobe até aos cabelos que se soltam
por entre a brisa dos murmúrios. Roubo aos teus
lábios as suas pétalas.
E se essas rosas não murcham, com
o tempo, é porque o amor as alimenta..
Nuno Júdice
(imagem google)
A vida inteira esperei...
domingo, 16 de março de 2008
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!
Mário Quintana.
(imagem google)
sábado, 15 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
Meu amor eterno
tive te em meu corpo
e senti te mexer
o teu riso é o meu riso
tuas lágrimas minha dor
gosto de te ver dormir
e de olhar teu acordar
fazer te feliz é meu mote
por ti vale continuar
és todo o meu viver
desde que te senti nascer
ensino te tudo o que sei
dou te a mao para crescer
e nao ha nada mais doce
que mae tua voz chamar...
ailine
(imagem enviada por Lina)
Tradusentir
quarta-feira, 12 de março de 2008
Prelúdio
Partem os altos choupos,
mas deixam o seu reflexo.
Partem os altos choupos,
deixando apenas o vento.
O vento na sua mortalha
jaz debaixo do céu.
Mas não levou os seus ecos,
que flutuam sobre os rios.
O mundo dos pirilampos
invadiu minha lembrança.
E um coração pequeno
vai-me brotando nos dedos.
Federico Garcia Lorca
(foto tirada pela Tété)
Escada sem corrimão
É uma escada em caracol
e que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
mas nunca passa do chão.
Os degraus,quanto mais altos,
mais estragados estão.
Nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.
Quem tem medo não a sobe.
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
o lastro do coração.
Sobe-se numa corrida.
Correm-se p ’rigos em vão.
Adivinhaste: é a vida
a escada sem corrimão.
David Mouurão Ferreira
(imagem google)
terça-feira, 11 de março de 2008
Não me digas
Reflexão Total
Esta noite
Amai-vos
Amai-vos um ao outro,
mas não façais do amor um grilhão.
Que haja, antes, um mar ondulante
entre as praias de vossa alma.
Enchei a taça um do outro,
mas não bebais da mesma taça.
Dai do vosso pão um ao outro,
mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos,
e sede alegres,
mas deixai
cada um de vós estar sozinho.
Assim como as cordas da lira
são separadas e,
no entanto,
vibram na mesma harmonia.
Dai vosso coração,
mas não o confieis à guarda um do outro.
Pois somente a mão da Vida
pode conter vosso coração.
E vivei juntos,
mas não vos aconchegueis demasiadamente.
Pois as colunas do templo
erguem-se separadamente.
E o carvalho e o cipreste
não crescem à sombra um do outro.
“Gibran Kahlil Gibran”
(imagem google)
segunda-feira, 10 de março de 2008
Vejo-o em teus olhos.
Em teus olhos vejo
a próxima resposta.
Nem precisas de falar;
já está tudo dito!
Vejo o que estás a sentir.
Sei-o até melhor que tu.
Vejo o que estás a pensar.
Incrível não é?
Dói-me ver a tua resposta,
e fico com medo de perguntar.
Dói-me saber em quem tu pensas;
dói-me saber que não é em mim.
José Pedro Cadima
(imagem google)
sexta-feira, 7 de março de 2008
Ká
E Depois do Adeus
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.
José Nisa
(imagem google)
Loucura
Quando um coração se dispersa
Pela falta de amor e compreensão,
Oculta uma grande dor dentro de si,
Fugindo da beleza infinita…
Pensamentos errantes, inflamados pela rejeição
Mergulham na sua própria inconsciência
Sintonizados com a solidão, sem abrigo nem cor…
Um grito algemado…uma prece inacabada.
É a raiva que se vai libertando, pelos desencantos.
É uma loucura disfarçada em silêncio,
Reunindo os fragmentos de almas sedentas,
Que se transformam em simples poesias.
Palavras que ressoam a demência permanente
Esperam em vão pela essência da força.
A poeira ofusca os olhos cansados
E as lágrimas envernizam os nomes desejados.
A insanidade tem a intensidade de um vazio
Que alimenta a mente e a leva acreditar que tudo findará.
Um dia…
singularidade
(imagem google)
quinta-feira, 6 de março de 2008
Sonhar-te
O jardim
Há tanto tempo que não me ocupo do jardim
A última vez estava frondoso
A buganvília a tingir-se de vermelho
Trepando O perfume inebriante
E as festas ao cair da tarde
Parece que foram há séculos
Noutra encarnação
Os meus amigos traziam as bebidas
E a jovialidade
O jardim enchia-se de gente
De beijos
Pelos cantos Sôfregos de desejo
.
Inventavamos planos de rebelião
Sonhos de transmutação
Passavamos horas a inventar
Entre duas carícias
Surgiam ideias puras e inocentes
Como a nossa vontade de tudo abarcar
Era um frenesim constante
Faz-me pena agora
Olhar para ele
Para as suas sebes abandonadas
De ramos retorcidos
Jaz tombada a grande epícea
E uma enorme cratera
Substitui os belos canteiros de outrora
.
Há tanto tempo que não me ocupo do jardim
.
A última vez estava frondoso
A buganvília a tingir-se de vermelho
Trepando O perfume inebriante
E as festas ao cair da tarde
Parece que foram há séculos
Noutra encarnação
Adolfo Luxúria Canibal / António Rafael.
(imagem google)
Credo
Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na Deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o Amor tem asas de ouro.
Ámen.
Natália Correia
(imagem google)
Cavalo à solta
Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.
José Carlos Ary dos Santos
(imagem enviada p/Ricardo)
Recado
Sou de Vidro
Meus amigos sou de vidro
Sou de vidro escurecido
Encubro a luz que me habita
Não por ser feia ou bonita
Mas por ter assim nascido
Sou de vidro escurecido
Mas por ter assim nascido
Não me atinjam não me toquem
Meus amigos sou de vidro
Sou de vidro escurecido
Tenho fumo por vestido
E um cinto de escuridão
Mas trago a transparência
Envolvida no que digo
Meus amigos sou de vidro
Por isso não me maltratem
Não me quebrem não me partam
Sou de vidro escurecido
Tenho fumo por vestido
Mas por assim ter nascido
Não por ser feia ou bonita
Envolvida no que digo
Encubro a luz que me habita
Lídia Jorge
(imagem google)
terça-feira, 4 de março de 2008
Estrela d tarde
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.
Ary dos Santos
(imagem google)
Tears in Heaven
Temos que saber ser fortes e continuar
Além da porta há paz, estou certo.
E eu sei que não haverá mais lágrimas no paraíso.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Vem
Vem
Anda comigo não te peço nada
que nao me possas dar
vamos as duas por esta praia de
areia dourada
e grandes vagas.
Não me digas que não
Vamos procurar pequenas conchas
para nosso uso e alegria.
Não tenhas medo...estou contigo
vem, vamos brincar enquanto sabemos
não me deixes sózinha
não quero brincar solidão.
Vamos correr, saltar as muralhas
da tristeza
Deixa-me ficar ao teu lado
até teres de partir.
E aí. nao te esqueças...
voltarei sempre a esta praia
para reviver os momentos que
partilhamos
e inventar os que não tivemos
tempo de viver....
Vê
ja temos conchas para dois colares.
maria loBos
(para a Cris e Bé)
Uma fila de árvores caminha pela minha rua*
Uma fila de árvores caminha pela minha rua em direcção ao
Norte.
As árvores caminham lentamente, com o rosto
levantado, arrogantes ou tristes, com essa lentidão do
equilibrista sobre um campo de minas.
Pudessem ser amigos que fugiram da morte,
pois a morte tem apego ao Sul.
Pudessem ser uma fila de homens sem casa nem
família com a convicção do soldado que
avança para a derrota.
Mas são apenas árvores, altas, de folha perene, cujos passos
impassíveis nunca perdem o ritmo,
uma fila que o vento não dissolve nem extingue.
Eu não quero saber que dor as sujeita, nem que
mão imprudente as animou a crescer.
Apenas as observo passar, dia após dia, passar desde
a infância, desde o primeiro amor.
Quereria perguntar-lhes os nomes, mas calo-me.
Quereria que a noite chegasse e as cobrisse:
Que inclinassem apenas a cabeça ao morrer.
jesus urceloy
(Através deste poema nasceu uma bonita amizade*)
(imagem google)
Explicação do amor
Estavam juntos há muitos anos e as pessoas admiravam-se, porque, por mais que se esforçassem, não lhes encontravam quaisquer semelhanças e em tudo pareciam diferentes. Mas quando lhes perguntavam, eles respondiam sempre da mesma forma, garantindo que tinham algo muito, muito importante em comum: eram feitos um para o outro.
Luis Enes
(imagem enviada por Lisa)
Amiga
Desde que te conheci
não paro de me surpreender
quando confiante penso
ja te conhecer
lá vens tu de novo
me deixar surpreendido
tens esse jeito...
em ti o peso e a leveza
fazem parte de um todo
é verdade sim
Na vida
o que interessa mesmo
não é o que se faz
mas sim como se faz
nao tanto o que se diz
mas a maneira como se diz
E eu amiga só tenho uma maneira
de te dizer isto
És um Encanto
(mimo do Ricardo no D.I.Mulher)
2006
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