sábado, 18 de julho de 2015

E Depois??


Primeiro o Espanto!
Depois...
O sentir a derrocada e
ficar esmagada nos escombros
dos sonhos,
quebrados a murros.
Depois...
Os gritos mudos...
que pintam de sangue
as paredes do doce lar.
Depois...
O entrar da noite
pelos olhos negros
que fingem que dormem.
à espera desalmada de uma nova manhã.
Depois...
Uma certeza!
Que o sol brilha!
e que vai dourar a pele
em tons de pesadelo.
Depois...
Primeiro...a derrocada...os gritos mudos...o espanto?
E depois?
E depois?

maria loBos

(Nunca a mão que esbofeteia e humilha volta acarinhar...Acredita)

***

Foi em 2008 que aqui coloquei este "recado". Infelizmente quando se vê nos meios de comunicação que os nossos jovens aceitam a violência entre  casais...dá para ficar com o coração ainda mais apertado...Afinal, para onde estamos a caminhar ?

Deixo aqui de novo este""" E Depois"... e não vislumbro boa resposta.
Brisas doces *****


18 comentários:

Graça Pires disse...

Um poema muito belo que contém um reflexão que se impõe. Os alarmes estão aí todos os dias. Como se as pessoas estivessem propícias a todas as tempestades. Há que não calar, minha Amiga.
Um beijo.

Manuel Veiga disse...

e depois? e depois?...
talvez cultivar todos os "espantos" - sempre!...

gostei muito. bem vinda.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

Eis um poema duro,
intenso
e verdadeiro...
Depois...
O que virá depende de nós...
Sem caminhos percorridos por outros...
Sem respostas prontas...

Que estrelas brilhem em tuas noites.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

poema brilhante,magoado e dorido e que é um alerta para uma realidade que cada vez mais é noticiada.
beijo em ti
:)

Fá menor disse...

E depois... Até se me aperta o coração ao pensar no que pode vir depois...
Que o depois se faça sempre caminho ao AMOR.
Beijinhos

AC disse...

Um "E depois?" de todos os dias, de sempre...
E depois? Desistir? Não, nunca!

Um beijinho :)

tb disse...

E depois há uma sociedade calada e covarde que assobia para o lado e deixa correr...
Gostei muito, amiga.
beijo

Andradarte disse...

Já não passava aqui a algum tempo....,mas
vim agradecer a sua visita e confirmar....
é mesmo Praia Azul, onde moro....Santa Cruz,
fica a dois ou três quilometros.
Pelos vistos, precisa de visitar novamente....
Talvez a gente se encontre..
Abraço

SOL da Esteva disse...

Depois...
Pois, depois é necessário meditar com "força", porque é isso que nos tem.
Um belo Poema de reflexão.



Beijo


SOL

Unknown disse...

Poema dorido de mágoas e que agarra a lucidez.
Poema de olhos com espanto e de coração que se pergunta.
Poema forte e triste com perguntas a que só o tempo nos responde

Um beijo.

Baila sem peso disse...

Ai, nina azulinha ...e depois?
Tem dor, tem ferida, tem vida magoada...
e nos olhos do mundo apenas voz calada...

cada um perto de si, num conhecer
deve elevar a voz...gritar até doer
"e depois?" nunca se possa mais dizer!

sei...utópica vontade...mas se assim não se fizer
e depois?...vai de novo, e de novo, e de novo, acontecer! :(

Brisas doces***

Jaime Portela disse...

Um poema inquietante.
E excelente, na forma e no conteúdo.
Os meus aplausos.
Tenha um boa semana.
Um abraço.

Graça Pires disse...

Obrigada pelas palavras de carinho. Tenho saudades das tuas palavras, aqui...
Um beijo, minha amiga.

Andradarte disse...

...E Depois ????......Adorei....muito

Que bom que também gostou dos meus trabalhos....
Estou preparando mais, para o início de 2016..
Beijo..

vieira calado disse...

Há sempre esperança no que vem depois...

Saudações poéticas!

Rita Freitas disse...

Obrigada pelas palavras no meu cantinho.
Gostei imenso de cá vir. Belas palavras, profundas e cheias de mensagens que nos levam a reflectir.

Beijinhos

Unknown disse...

É preciso ter coragem de dizer basta.
Tão difícil...

Ana Freire disse...

Uma publicação de grande pertinência... e de grande actualidade, pois infelizmente quase todos os dias, continuamos a ter a possibilidade de confirmar nos meios de comunicação, tantos casos de violência...
Um beijinho!
Ana