E de novo a armadilha dos abraços.
E de novo o enredo das delícias.
O rouco da garganta, os pés descalços
a pele alucinada de carícias.
As preces, os segredos, as risadas
no altar esplendoroso das ofertas.
De novo beijo a beijo as madrugadas
de novo seio a seio as descobertas.
Alcandorada no teu corpo imenso
teço um colar de gritos e silêncios
a ecoar no som dos precipícios.
E tudo o que me dás eu te devolvo.
E fazemos de novo, sempre novo
o amor total dos deuses e dos bichos.
*
Rosa Lobato Faria
imagem net
17 comentários:
Que belo soneto de Rosa L. Faria!
Apetece ficar a ler e a reler...
Noite tranquila para ti.
Um abraço.
Deliciosa armadilha, a dos abraços...
Beijo!
Gosto dessa armadilha...
Bjs
POEMA DE DENTRO
Só quem não conhece a solidão completa,
quem não sabe o valor do eco,
de um não humano ou de um sim armadilhado,
é que pode sorrir sem saber o que vale um sorriso,
respirar sem sentir a brisa devotar os pulmões
e expelir a besta que oprime os brônquios oxigenados
Beijinho
João
A Rosa Lobato Faria escrevia com imensa sensibilidade. Gostei muito desta "armadilha dos abraços".
Beijos.
Eu adorei esta armadilha.
;)
Tudo de bom.
Essa armadilha é onde todos querem cair...seja de cabeça ..seja pelos pés...mas nem todos sabem onde procurar e nem todos sabem manter...;)
Beijo sem armadilhas Parapeito
Obrigada pelos comentários
Rosa Lobato Faria deixou-nos as saudades e este poema de amor intenso, que é lindo.
E eu deixo-te um beijo com desejos de boas férias com crícias brisantes de bosque.
Os abraços são totalmente naturais, principalmente os que vem do coração.
Não contém conservantes,
ingredientes artificiais :)
bj e um abraço armadilhado*
;P
.. dos deuses e dos bichos!!
Lindíssimo!
Lindíssimo poema! Excelente escolha! Não conhecia e por isso lhe agradeço ainda mais a partilha... Obrigada!
Passei pelo bosque e senti a brisa. Um beijo
Gosto dos poemas da Rosa Lobato Faria, mas tenho saudade dos teus poemas...
Querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Para mim, foi bom ter-lhe vindo cá ao Parapeito e lido este poema, belo.
E de novo aqui no teu espaço
para levar "aquele" abraço
que colhe amizade
e espalha brisa serena
e é tão fofinho como linda pena!
brisas suaves pa ti nina*
Passei pelo bosque , senti a brisa e não vi lobos nem lobas.
Bela poesia...Espectacular....
Cumprimentos
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